Pesquisa feita pela empresa de recrutamento ManpowerGroup aponta que 37% das empresas de grande porte na América Latina relatam problemas para preencher as vagas disponíveis. Para Mônica Flores, presidente da companhia na região, o Brasil vive, hoje, um paradoxo. “Muitas pessoas estão à procura de emprego e não acham, ao mesmo tempo em que as empresas estão com dificuldades em encontrar o candidato adequado, no tempo, preço e produtividade certa”, reforça.
Para a especialista, os que procuram uma colocação devem se tornar mais empregáveis, desenvolvendo habilidades comportamentais, como liderança, comunicação, colaboração e pensamento lógico e melhorando a capacidade de aprendizado. Entender de tecnologia e ter conhecimentos sobre o mercado que atuarão também é necessário para os desejam ser atrativos para o mercado de trabalho.
"Os que estão procurando trabalho, precisam aprender algo diferente. O mercado de trabalho hoje está baseado na oferta e na demanda, e precisamos entender quais são essas demandas, e nos preparar adequadamente para o futuro", ressalta. Por isso, a especialista destaca três pontos essenciais para o trabalhador: ler, se informar e estudar. E isso está acessível com a Internet e sem custo.
"Precisamos pensar e levar em consideração o que sabemos fazer agora e como as carreiras vão mudar nos próximos cinco anos e nos preparar para esse momento. Isso envolve em pensar como a tecnologia pode mudar a minha posição ou eliminá-la, como é o caso do telemarketing. Se preparar para o futuro não é nenhuma ciência espacial", completa.
Inteligência emocional, pensamento analítico, criatividade são alguns dos comportamentos exigidos no novo modelo de trabalho. Estudo do Fórum Econômico Mundial mostra que, em cinco anos, mais de um terço das habilidades necessárias vai mudar.
O Brasil vive um paradoxo onde muitas pessoas estão à procura de emprego e não acham, e ao mesmo tempo, as empresas têm dificuldades para encontrar o candidato adequado, observa Mônica Flores, presidente da ManpowerGroup para a América Latina.
A partir de 2020, as aulas de inglês serão obrigatórias para estudantes do 6º ano do ensino fundamental até o fim do ensino médio, mas muitos professores estão longe de estarem preparados para ensinarem a língua estrangeira.
Filha de pescador e dona de casa, Ivia Tainá está à frente de um projeto que une a tecnologia à educação em Santa Luzia do Itanhy, no Sul do Sergipe.